“A lei dos sacos de plástico foi mal feita e deve ser alterada”

António Teixeira, empresário

António Teixeira, natural de Cinfães do Douro, veio residir para Vila nova de Gaia há 37 anos, na esperança de uma vida melhor. Actualmente é dono da empresa Plásticos Miragaia, LDA. Trabalha nesta há trinta e sete anos, tendo passado por todos os sectores. Desde empregado de máquina, a impressor, a gerente, até chegar a dono, António Teixeira ganhou experiência no sector de plásticos que poucos indivíduos têm.

Maria de Fátima Vasconcelos Teixeira (M.T.): Quanto é que aumentaram realmente os sacos de plásticos?

António Teixeira (A.T.): Os sacos de plástico aumentaram uma percentagem muito grande: um saco que custava dois cêntimos passou a custar seis, sete, oito, dependendo do tamanho do saco. Conclusão, quando há um aumento muito grande há uma redução do poder de compra. Uma redução de compra, resultou numa redução do trabalho de muitas empresas. A alteração da espessura do saco, que agora pesa três ou quatro vezes mais do que pesava, altera também o custo do material.


M.T.: Com a nova lei houve algum tipo de redução de vendas?

A.T.: Houve uma redução significativa, porque o cliente estava habituado a comprar um saco por dois cêntimos e agora compra por seis, sete ou oito. É uma diferença enorme no preço e o cliente acha que é muito dinheiro. Não tendo dinheiro para comprar o retalhista, ou não compra ou, se planeava comprar dez mil sacos, acaba por comprar dois ou três mil, porque de outra forma é um investimento muito grande.

M.T.: Acabam por optar muitas vezes por reduzir a quantidade da encomenda?

A.T.: Claro, pois desta forma vão reduzir custos. Quem tinha o saco impresso, porque gostava de ter o nome da loja a fazer publicidade, deixaram de o ter porque acaba por ser um investimento muito maior do que comprar 5 ou 10 quilos de sacos lisos, sem qualquer impressão. Acabam por remediar com uma situação menor do que a ideal, e já não compram o saco impresso. Deixam de fazer publicidade à casa deles, mas preferem assim porque a despesa não é tão elevada desta forma.

M.T.: Qual é a maior reclamação que vê contra a nova lei?

A.T.: É o preço. O Estado pôs o imposto muito grande sobre os sacos e isto tem afectado milhares de pessoas e empresas, tanto as pequenas, médias, como as grandes, afecta todas as empresas. O que tem obrigado a uma redução muito grande no trabalho, ao despedimento de pessoal, obrigado as pequenas empresas a fecharem as portas porque não têm trabalho. O Estado vai ter que pagar às pessoas que perderam os seus empregos e vão para o fundo de desemprego. Sem referir, aquilo que vai deixar de receber com os impostos das pequenas empresas, quando estas fecharem e deixarem de pagar as suas obrigações.

M.T.: Na sua opinião o valor que o Estado vai ganhar nos impostos acaba por perdê-lo em subsídios de desemprego?

A.T.: Sim, provavelmente vai perder. Não se sabe ao certo quanto é que vai ser, mas o Estado estava a contar com uma soma de 40 milhões com os impostos dos sacos plásticos, mas isso não vai acontecer. As pessoas não conseguem, ninguém vai querer pagar 10 cêntimos de imposto, ainda mais o custo do saco, ninguém vai aceitar isso. Preferem comprar um saco mais grosso para estar isento do imposto.

M.T.: Muita gente optou por trocar os sacos de plásticos por papel?

A.T.: Houve pessoas que trocaram, mas há determinados artigos que não podem ir dentro de um saco de papel. Um artigo pesado como garrafas num saco de papel não dá; se for a um restaurante take away não pode trazer a comida num saco de papel, este destrói-se todo. Depende das situações, para algumas coisas o saco de papel resolve, para outras não.

M.T.: Dizia que algumas pessoas decidiram optar pelo saco de papel. Na sua opinião qual é a maior desvantagem de fazer essa troca?

A.T.: A desvantagem é não dar para todo o tipo de artigos e o facto de com a humidade o saco de papel desfazer-se com facilidade. No inverno, com a chuva o saco de papel na rua passado um bocado está desfeito e tudo o que levar lá dentro vai acabar por cair ao chão. Há situações onde o saco de papel não é uma solução viável. 

M.T.: Qual é a opção mais vantajosa para o cliente, pagar o imposto, ou optar por um saco mais grosso?

A.T.: É mais vantajoso para o cliente optar por um saco mais grosso, porque fica-lhe mais barato. O saco fino tem que pagar o imposto de 10 cêntimos para o Estado, mais o valor do saco, passando para 12 ou 13 cêntimos por saco, quando, se o cliente tiver o saco grosso, está isento desse imposto e poupa 6, 7, 8 cêntimos. Ninguém vai comprar a 12 ou 13 quando tem a 7 ou 8 e o saco mais grosso é melhor, porque é um saco mais forte.

M.T.: Têm sido registados casos em que os clientes compram os sacos sem imposto mas cobram o valor deste aos clientes?

A.T.: As pessoas têm vindo aproveitar-se, porque comprando o saco mais grosso, embora custe mais dinheiro, não tem que pagar imposto nenhum ao Estado; eles querem cobrar para ficarem com os sacos sem qualquer custo, comprando um saco por 6 ou 7 cêntimos e vendendo a 12. Fazem a publicidade deles de graça e ainda ganham dinheiro nos sacos.

M.T.: Teve que mudar alguns equipamentos para conseguir fabricar o novo tipo de sacos?

A.T.: O novo tipo de sacos pede um tipo de equipamento diferente, mas quem não tem dinheiro não pode comprar. A maioria tenta, com as mesmas máquinas arranjá-las para produzirem os sacos mais grossos, mas nunca funcionam da mesma forma do que com o saco fino. Há certos tipos de trabalho que não dão para resolver. Eu como não tinha dinheiro para comprar máquinas novas, fui tentando adaptar as máquinas para ir trabalhando, até vermos onde é que isto vai parar ou pelo menos até a economia melhorar. Para comprar máquinas novas é preciso um investimento muito grande e nesta fase que estamos a atravessar não é qualquer um que pode investir em máquinas com valores tão elevados.

M.T.: O lucro que obtém dos sacos é o mesmo que era anteriormente?

A.T.: Não, o lucro é menor porque as margens são muito apertadas. Quanto maior é a crise maior é a concorrência, todos querem vender porque ninguém tem trabalho, a oferta é muito grande e o que acontece é que se um faz um preço, a concorrência tem que fazer mais baixo e o seguinte ainda tem que baixar mais. Conclusão: chega a um ponto em que ninguém ganha. A margem de lucro é mínima, porque fez um preço tão baixo que mal consegue ganhar dinheiro.

M.T.: A matéria-prima que utiliza para os sacos de plásticos também sofreu aumentos?

A.T.: É outro problema. Nesta fase, com a nova lei em que o saco é mais grosso, a matéria-prima do plástico devia ter baixado, mas foi ao contrário, subiu e subiu muito. As empresas que produzem este tipo de matérias-primas aproveitam-se para obrigar as pessoas a comprar o que necessitam aos preços mais elevados, porque sabem que precisamos destes materiais para trabalhar. Já subiram cerca de 30 a 40 por cento desde que saiu a nova lei.

M.T.: Com esta nova lei muitas empresas viram-se obrigadas a fechar as portas. Vê a sua empresa a seguir o mesmo caminho?

A.T.: Não se sabe, tudo pode acontecer. Tudo depende do trabalho que tenha de se conseguir para aguentar as despesas. Se não houver trabalho, qualquer empresa está sujeita a fechar as portas; tudo depende do trabalho que houver. Se não houver trabalho não há facturação, se não há facturação, não há dinheiro para as despesas. 

M.T.: Pensa reduzir o número de funcionários ou aumentar/reduzir o número de horas de trabalho?

A.T.: Tudo está em aberto neste momento, porque mais uma vez depende do trabalho que surgir, se não houver trabalho para todos, provavelmente alguns terão de ir embora, ou então reduzir horas de trabalho. Tudo depende da situação, isto tem muito a ver com o trabalho que vai aparecendo. 

M.T.: Como é que vê o futuro empresarial desta área?

A.T.: Vejo todas as empresas a queixar-se que está muito mal, porque houve uma redução muito grande de trabalho por parte de todas elas, quer nas pequenas, quer nas grandes. Ainda há pouco tempo saiu uma notícia no jornal em que a produção dos plásticos reduziu 90%. Também não será tanto assim, mas de facto houve uma redução muito elevada. Na minha opinião passa um pouco mais dos 50% de redução. O futuro é muito incerto e há muitas empresas que se vão segurando, porque têm muito capital e vão optar por comprar máquinas novas para fazer outro tipo de trabalhos. Uma empresa pequena que não tenha grande capital para investir não pode ir para esses pontos, e acaba por não ter trabalho, sendo obrigada a fechar. 

M.T.: Tem mais alguma coisa que gostaria de acrescentar?

A.T.: Na minha opinião a lei foi mal feita e deve ser alterada. Eles dizem que é por causa da poluição, então por que é que um saco fino polui e um saco grosso já não? Se um saco fino demora, imagine-se, dois anos a desfazer-se, o saco grosso vai demorar três ou quatro. Na maneira de ver das pessoas que trabalham nesta área, a lei saiu de uma forma contrária ao que deveria. O grosso é que deveria ser vendido com imposto porque vai demorar mais tempo a desfazer-se. Esta situação parte de uma lei que foi aprovada, mas que não faz grande sentido nas mentes das pessoas. Na minha opinião devia ser revista: por que é que se o saco tiver asa tem que pagar imposto e se não tiver já não? Tudo é plástico, tudo polui. Mas as leis estão assim, e até serem alteradas, temos que as seguir, concordando ou não com elas.

Gaia está na moda


A 4ª edição do Fashion Day confirmou que Gaia está na moda. "A Câmara Municipal de Gaia considera que o Fashion Day é um projeto muito interessante e  válido , está a apadrinhar e organizar o evento, pelo segundo ano consecutivo, ajudando o seu impulsionador, o jovem gaiense Rui Pinho", realçou Elisa Cidade, vereadora da Juventude, acrescentando: "É um evento com enorme potencial que dá a conhecer Gaia".

Para esta edição, a organização apostou no tema "Fantasy". As coleções foram preparadas por nove criadores de moda, de diversas escolas do País, selecionados num universo de 60 candidaturas. O desfile contou com 30 jovens modelos que foram selecionados num casting nacional realizado em fevereiro, no qual participaram 320 candidatos.

O tema "Fantasy" foi um desafio lançado, precisamente aos jovens criadores: "Inspirámo-nos na fantasia, pois é um tema elaborado em diversas categorias, como por exemplo, contos de fadas, florestas, entre outros. As coleções apresentadas são fenomenais", salientou Rui Pinho.

Tal como Elisa Cidade, Rui Pinho considera, também, que "Gaia está na moda, tem muito potencial, tem gente muito bonita, tem empreendedorismo".

Nova centralidade em Gaia


Uma nova centralidade vai nascer no interior do concelho de Gaia, a reboque da construção da futura VL5, que permitirá cerzir o território das freguesias de Sermonde, Grijó e Serzedo, assim como as respetivas zonas industriais.

O novo projeto, que potenciará a criação de emprego, foi revelado por Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara Municipal durante a presidência aberta em Sermonde.

 Numa sessão pública na Junta de Freguesia, respondeu a questões colocadas pela população e de seguida também fez uma visita à Vidraria Barbosa, uma referência do tecido empresarial do concelho, localizada na confluência da futura via de ligação.

"A VL5 vai permitir cerzir o território do conjunto de freguesias de Sermonde, Grijó, Serzedo. As zonas industriais muito ganhariam se conseguíssemos encontrar solução financeira para a construção da nova via. Seria, verdadeiramente, criar uma nova centralidade industrial, de empresas e emprego nesta zona", adiantou o autarca.

Detenção de homens de poder

Quando se fala de casos mediáticos, fala-se muitas vezes de detenções de homens de poder, sejam políticos, banqueiros, diretores de empresas, sejam multinacionais ou de pequenas empresas, ou homens que exercem um cargo de grande envergadura. Em Portugal os media têm um foco muito elevado nestes casos.

Muitas questões vêm à mente quando se depara com este tipo de notícias. Uma pergunta com certeza passa pela mente das pessoas: o que leva um homem que tem tanto poder nas suas mãos a agir erradamente?

Os impulsos e a manutenção pelo poder leva ao à-vontade de pensar que por se estar num certo patamar são impunes a falcatruas, a desvios, a falsificações e um todo conjunto de ações de aproveitamento próprio ou em benefício de outrem, a paixão pelo poder é intrinsecamente corruptora.

Esses Homens poderosos têm imensa dificuldade em reconhecer que, quanto maior é o seu poder, mais intensamente são eles cercados e pressionados por uma corte de áulicos, aos quais, por puro interesse pessoal ou de grupo, só cuidam de os incensar e de louvar as suas decisões, ocultando sistematicamente os aspetos negativos , ou das decisões por eles tomadas.

Tudo isso explica porque é justamente no exercício do poder que costumam vir à tona os defeitos recônditos da alma humana. “O poder revela o homem”, disse Aristóteles.

Mas como tudo na vida, nem tudo é para sempre, a sorte de não serem descobertos pode durar anos, meses, e no dia que isso acontece , tudo vem ao de cima como lixo do fundo de um rio. A sorte é que por vezes em certos casos a justiça é branda, e noutros tem a mão pesada, contudo o nome fica manchado e não se livram de ficarem conhecidos pelos piores motivos.

A verdade da Homoparentalidade

Desde pequenos que fomos ensinados que as famílias eram compostas por um pai e uma mãe. Mas, os tempos foram evoluindo e com isso surgiram novas ideias e mentalidades, como a homoparentalidade. Conceito que consiste na existência de famílias constituídas por pais do mesmo sexo, sejam estas formadas por adoção ou por fertilização em vitro.

Embora as sociedades tenham começado a aceitar a homossexualidade como algo normal, chegando muitos países a legalizar o casamento homossexual, ainda existe muita discussão sobre a capacidade de um casal do mesmo sexo conseguir criar uma criança e o impacto que este factor terá nela. 

As opiniões sobre este novo modelo de famílias estão divididas em dois, contra, temendo-se que a criança sofra de discriminação por parte das outras crianças e que sinta falta da ligação ao sexo não presente nos pais, e a favor, apoiando o facto de que este tipo de famílias é mais cuidadoso na hora de decisão de adicionar um novo membro à família, e que o facto de adicionarmos uma criança a um ambiente diferente do que é habitual fará com que a criança seja mais recíproca a novas situações e aceite melhor os diferentes estados de vida.

Psicólogos de todo o mundo discutiram este novo modelo, estando eles mesmos divididos no consenso de a homoparentalidade ser ou não positiva para a criança.

Roudinesco, psicoanalista, apresentava a ideia de família de uma forma abrangente a todas as pessoas independentemente da sua idade, orientação sexual ou condições de vida, chegando a publicar em um dos seus livros:” ... a família seja atualmente reivindicada como o único valor seguro ao qual ninguém quer renunciar. Ela é amada, sonhada e desejada por homens, mulheres e crianças de todas as idades, de todas as orientações sexuais e de todas as condições... desde que saiba manter, como princípio fundador, o equilíbrio entre o um e o múltiplo de que todo sujeito precisa para construir sua identidade. “

Dubreuil, psicólogo, explicava em 1998 a dificuldade de aceitação de novos tipos de famílias e o porquê de este factor se suceder, dizendo que “A dificuldade em assumir totalmente os novos modelos familiares deve-se ao facto de que a ideia da família tradicional está instalada no imaginário coletivo como norma e, portanto, a construção de outros modelos de família, como a homoparentalidade, por se colocar como minoria, agrega questões e dúvidas envolvendo a própria noção de ser família e daquilo que necessita uma criança, dentro desse grupo.”

Pratta e Santos abordavam o assunto dizendo que “A abordagem psicanalítica atribui importância vital à família de origem, como as internalizações dos pais da infância e do modelo parental de relacionamento, e coloca em relevo a capacidade de cada indivíduo relacionar-se e vincular-se. Na teoria das relações objetais o desenvolvimento da capacidade de criar vínculos está diretamente ligada à subjetivação do indivíduo. As experiências vividas pela criança/adolescente/jovem tanto em contexto familiar como em outros ambientes contribuem para a sua formação e amadurecimento até a idade adulta. É dentro da célula familiar que a criança vai passar pelas primeiras experiências de afeto, dor, medo, raiva, e outras, possibilitando aprendizado para atuação futura.”

Passos, psicólogo, acredita que a homoparentalidade pode ser o resultado de uma família recomposta com filhos de relacionamento heterossexual anterior, adoção ou o uso de tecnologias reprodutivas. E que essa composição familiar é marcada pela ausência de papéis fixos entre os membros; inexistência de hierarquias e pela circulação das lideranças no grupo; pela presença de múltiplas formas de composição familiar e, consequentemente, de formação dos laços afetivos e sociais, o que possibilita distintas referências de autoridade, tanto dentro do grupo como no mundo externo.

Arán, psicólogo no Brasil, acredita que: “A família homoparental destitui um princípio fundamental na constituição do grupo familiar: A diferenciação sexual, um dos fatores de maior questionamento nesse tipo de parentalidade. Noções de alteridade e diferença, presentes nos principais conceitos da teoria psicanalítica, estão atreladas à polaridade masculina/feminina (heterossexualidade), como se na homossexualidade/ homoparentalidade não fosse possível viver a diferença.”

O estudo deste novo tipo de família vai ser continuado, averiguando qual é verdadeiramente o melhor ambiente para as crianças crescerem.

TAP de Greve

Nos últimos dias tem-se falado muito da TAP, mas não pelos motivos que se deveria. Não foi devido ao seu sucesso ou a um prémio recebido pela companhia como a TAP nos habituou, pelo contrário, desta vez a companhia foi assunto do momento devido à greve de 10 dias que os pilotos fizeram.
Esta greve que fez com que a companhia perdesse 63 milhões de euros, em despesas, para que os seus passageiros não sentissem o impacto total da adesão à greve. Mas embora os custos da TAP tenham sido extensos, os maiores prejudicados foram os passageiros.
Pessoas de todo o mundo foram incapacitadas de fazer as viagens que tinham marcado e pago, porque os pilotos decidiram fazer greve.
Com esta paralisação os pilotos pretendiam que a privatização da empresa fosse parada, exigindo também um aumento do salário pelas horas extraordinárias. Mas quem acaba por sofrer com esta paralisação não foram os grandes empresários das companhias, nem o governo, são os passageiros que tinham que ir em viagens de trabalho, que tinham planeado as suas férias, que iam ter com as suas famílias, e em vez disso sofreram dias de angústia e stress sem obter respostas da companhia.
Voos cancelados, adiados, sem qualquer informação de quando iriam ser remarcados novamente e o que é que a companhia faz ?!, dá pequenos vales para a alimentação que nem cobrem uma garrafa de água no aeroporto, e coloca horas e horas a fio, famílias com filhos pequenos à espera nos aeroportos para mais tarde serem comunicadas que não terão voo, muitas obrigadas a ficar em hotéis, sem saberem onde estão as suas bagagens, porque já estavam no avião.

Nesta situação, todos perderam, mas apenas uma das partes não teve culpa dos acontecimentos: os passageiros foram lesados monetária, física, e psicologicamente, e tudo devido a uma empresa que não consegue encontrar um acordo com os seus trabalhadores, e a funcionários que demonstraram o seu descontentamento da forma mais inconveniente para com as pessoas que pretendem servir diariamente.

A linha de sucessão em Inglaterra

Já há muitos anos que a Rainha Elizabeth II se encontra no poder, controlando um dos maiores países a nível económico, mas a idade não perdoa, e mais cedo ou mais tarde vai ser preciso um novo rei ou rainha.
Segundo a linhagem o príncipe Charles é o próximo descendente, seguido pelo seu filho príncipe William, o seu neto príncipe George, a princesa Charlotte, e em quinta posição o príncipe Harry.
Embora o povo esteja dividido entre pai e filho, nenhum deles parece inteiramente preparado para subir ao trono, pelo menos para já.
Tenhamos em consideração o Príncipe Charles: após a morte da sua primeira mulher, Diana, e casamento com a sua segunda, Camilla, já passou por todo o tipo de pressão por parte da imprensa inglesa, mas na sua idade já avançada faz pensar se seria boa ideia colocar alguém no poder, que tenha em mente um pais construído com as tradições e costumes do passado e que faça avançar o país para o futuro. Sem referir o facto de em breves anos o povo britânico estar na mesma posição em que se encontra no momento, com um rei envelhecido em necessidade de um sucessor.
Por outro lado o Príncipe William encontra-se numa boa idade para aceder ao trono e permanecer por longos anos, mas estará o tão jovem príncipe preparado para um cargo de tão grande envergadura, tendo em conta a sua inexperiência e a sua nova aquisição familiar. Estaria William realmente empenhado no seu cargo como Rei?
Quer o príncipe George, quer a princesa Charlotte são demasiado novos para subirem ao trono, mas também chegará a altura deles.
Quanto ao príncipe Harry, para além da confirmação deste que não tem qualquer pretensão de ser o sucessor ao trono, parece estar mais interessado na sua carreira nas forças armadas e na sua vida social agitada, que sempre encontra maneira de vir parar aos jornais.

Com estas escolhas é bom que a rainha Elisabeth continue no poder até um dos sucessores encontrar o balanço necessário para a liderança de um país como a Inglaterra.